Cozinha da Matilde

Hamburguer vegano de batata doce com quinua

Receita do episódio Hambúrguer Vegetariano do programa Prato do Dia do Canal TLC da Discovery.

Nesse episódio fui ensinar a querida Katja e sua amiga Gabi a fazerem hambúrgueres vegetarianos com um toque bem brasuca e latino americano, já que a Katja é holandesa e quer conhecer os ingredientes e sabores típicos do Brasil.

Elas adoraram o resultado e se esbaldaram com os burguers que preparamos.

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O fim de semana foi produtivo, aproveitei que o Má tinha plantão no domingo e dediquei a manhã a uma sessão todinha para veganos! Fotografei três preparos: dois kibes (vcs não vão acreditar, aguardem!) e este hambúrguer aqui que foi a estrela da aula de comida vegetariana. Gostaram tanto que achei “muita falta de sacanagem” não compartilhar com vocês.

Como todos os preparos vegetarianos que faço, não usei carne de soja, quando estava pensado do que fazer o hamburguer para a aula, decidi que faria uma mistura de raiz/tubérculo com algum grão. Escolhi a batata doce que adoro e como as batatas são provenientes do Perú, a quinua foi uma escolha óbvia para entrar na dança. Temperei tudo com pimenta, cebola e salsinha e o resultado foi uma massa excelente que também experimentei frita como bolinhos e não deu erro. Danada de versátil, fácil de fazer e fica gostosa de qualquer maneira!

Para servir o hamburguer acrescentei cebola roxa, baby agrião (por conta do ardidinho) e ainda abacate, que como já expliquei na receita de Hot Burguer, substitui a maionese com louvor e muito mais sabor.

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Trabalhar no finde tem suas compensações, tive a companhia deliciosa das queridas Valéria Pandjiardjian e Joana Dambrós que ajudaram a carregar o piano, foram cobaias e ainda fotografaram todo o making of da sessão, novidade que você confere ao final da receita (e que daqui prá frente vai ter na maior parte dos posts).

Gracias por todo, chicas lindas! ;)

Isto posto, vamos à receita?

receita

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Ingredientes – 2 porções

Hambuguer – massa

  • 1 batata doce grande descascada e partida ao meio no sentido do cumprimento ou em 3 partes grandes
  • ½ xícara de quinua cozida em água com sal e bem escorrida.
  • 2 colheres (sopa) de cebola brunoise
  • 2 colheres (sopa) de salsinha
  • 1 pimenta ardida amassadinha (opcional)

Montagem do sanduíche

  • ½ abacate em lâminas
  • 4 rodelas de tomate ou tomatinhos como usei
  • folhas de agrião baby
  • cebola roxa laminada
  • gotas de limão
  • azeite extra virgem, flor de sal ou sal e pimenta do reino moída na hora
  • pão de hambúrguer ou pão francês – eu usei pão de hamburguer integral

Modo de fazer

Asse a batata doce no forno convencional, coberta com papel alumínio até ficar macia (mais ou menos 30 minutos no forno pré aquecido). A batata também pode ser cozida, mas o problema é que cozida fica úmida e pode atrapalhar a massa. Uma solução é pré cozinhar com casca e levar ao forno quente por uns 5 minutos para ela ficar bem enxuta.

Amasse apenas a polpa com garfo (formará uma crosta mais dura por fora, use apenas o miolo, mais macio).

Misture a batata amassada com a quinua, cebola, salsinha e pimenta amassadinha. Forme uma massa. Ajuste o sal.

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Modele os hamburguers na mão, com mais ou menos dois dedos de espessura cada.

Aqueça uma frigideira antiaderente e doure levemente os pães. Reserve.

Pincele a frigideira com um fio de azeite e nela doure o hambúrguer dos dois lados, (1 minuto cada) virando com cuidado com a ajuda de uma espátula.

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Monte seu sanduba: pão+hambúrguer+abacate+cebola roxa+ gotas de limão+flor de sal+tomate+agrião+azeite e fecha com o pão!

montagem-hamburguer-vegano-(leticia-massula-para-cozinha-da-matilde)

Eu gosto de servir apenas com mostarda amarela forte. Fica perfeito.

Gostou? Então pode convidar os amigos veganos prá hamburgada! ;)

Bom apetite!

making-of-hamburguer-vegano-(joana-dambros-para-cozinha-da-matilde)

Harmoniza com…

para beber

por
marcelo pedro

Como a pegada hoje é vegana, natureba e saudável, vou recomendar duas cervas, uma orgânica e uma cerveja viva. A orgânica é a Eisenbahn Pilsen Natural, a primeira cerveja brasileira, e até onde tenho notícia, a única com selo do IBD (Instituto  Biodinâmico) que certifica produtos orgânicos no Brasil, que são produzidos com ingredientes livres de agrotóxicos, fertilizantes e aditivos químicos não naturais em toda a cadeia de produção. É uma pilsen leve, com boa carbonatação, cor dourada, sabor agradável, pouco amargor, ou seja, bem fácil para o gosto bazuca.

A cerveja viva é a Coruja Viva, do Rio Grande do Sul, que não passa por processos de filtração e pasteurização, por isso contém leveduras ainda vivas. Por não ser pasteurizada é mais perecível que as cervejas industrializadas, exatamente como as cervejas caseiras e artesanais, que andam tão na moda.Tem cor dourada mais intensa, e por não ser filtrada, é turvinha, como as cervejas weiss de trigo. Tem amargor marcante, devido ao maior conteúdo de lúpulo, sabor intenso, mas muito agradável pra quem aprecia uma cerva com mais personalidade. É feita com o dobro de malte de cevada que as pilsens comuns, sem adição de cereais não maltados, como arroz ou milho. Ou seja, é uma cerveja mais séria.

Encontro as duas no supermercado aqui da Vila Madalena, mas a coruja é um pouco mais difícil de ter sempre. Vale a pena procurar em empórios e lojas especializadas, mesmo porque por ser muito perecível tem que ser estocada com maior cuidado que numa prateleira comum de supermercado. É isso aí, bicho! Saúde!


para ouvir

por
marina novaes

Se eu, que sou vegetariana, já salivo com as receitas que levam carne, imagina este hamburgão de batata doce com quinua. Chinelo para a Lanchonete da Cidade e Cia!

Como se trata de uma deliciosa variação de um tema, sugiro para ouvir uma música que é muito boa em sua forma original, e muito boa em duas versões.

Barato Total, do Gilberto Gil, é uma música que eu gostaria de ter escrito na minha adolescência. Nesta época, em que eu superlativava as emoções em um grau muito maior que o normal, lembro que achava muito injusto que os momentos de tristeza duravam mais tempo do que os de alegria.

Até que um dia, ouvindo a extinta Musical FM, (105,7 Mhz, lembram?!), tocou uma versão com a Zizi Possi. Que óbvio!, “quando a gente tá contente/nem pensar que está contente”. Por isso que parecia durar menos, pensei, porque: “A gente quer/Nem pensar a gente quer/A gente quer é viver”.

Metade dos meus problemas tinham acabado naquele momento! Contei para a minha mãe, para o João Paulo, para a Geórgia.. virou o meu hit de 1994!

Quando estudava na PUC, o pensionato que eu morava parou para ver o Acústico da MTV da Gal Costa. Também, um super repertório: Não Identificado, Só Louco, Pérola Negra, Sua Estupidez, Paula e Bebeto, Camisa Amarela (entre outras, porque senão eu vou falar do disco todo) E Barato Total.

Mas a primeira vez que ela gravou, foi no fantástico disco Cantar, de 1974, (que também tem Flor de Maracujá, do João Donato, só para citar uma musica só) e era faixa 1 do lado A.

A Nação Zumbi gravou (com a Gal Costa) em 2004, e outro monte de gente também o fez.

Atemporal do jeito que é, vai rolar por muito tempo. Igual passar um domingo em volta da mesa, com amig@s querid@s, não dando conta de que esta contente, porque a gente quer é viver!