Cozinha da Matilde

Na Cabeceira 28 – Guia Rio Botequim

 

Guia Rio Botequim – Ed. Casa da Palavra

Amo o Rio de Janeiro. A explosão de verde e vida pulsando em cada esquina, o estilo de vida relax do carioca e, é claro, a baixa gastronomia que brilha nos botequins cariocas.

É fato: para conhecer o Rio, fundamental conhecer seus botequins. Junto com a praia,  são a sala de visitas do carioca. Mais ou menos a mesma relação que o inglês tem com o pub.

A cultura botequeira é tão arraigada no Rio que tem sempre um boteco pertinho, louco para ser descoberto e amado.

Mas pra quem, como eu, é de fora, é complicado desvendar os códigos da cidade e saber quais são os melhores, aqueles onde a cariocada bate ponto. Porque, na boa, não rola pagar de turista e frequentar boteco pra inglês ver, né mesmo?

No nosso caso, o Guia Rio Botequim foi um divisor de águas. Até ganharmos um exemplar dos amig@s Fabrício e Síndia (moradores da cidade maravilhosa e nosso pretexto para visitar a cidade), a gente tateava no escuro.

É um verdadeiro achado, com projeto gráfico lindo e edições anuais (o nosso é de 2010), cuja função é mapear os botecos da cidade maravilhosa. Está subdividido em 1) bares estrelados, 2) localização e 3) caravanas (são 4: bolinho de bacalhau, empada, codorna e jiló). E classifica os estabelecimentos por adega, armazém e mercearia, restaurante popular, informal ou tradicional, bar, pé sujo e pé limpo.

Expandiu nossos horizontes, e a cada visita nos aventuramos mais e mais pela cidade e seus botecos. Experimentamos a excepcional empada e o risoto do Salete na Tijuca, conferimos o trio amargoso (jiló, quiabo e maxixe) do Bar do Costa em Vila Isabel e também um dos melhores chips de jiló da cidade logo em frente, no Boêmios da Vila.

E ainda o Armazém Cardosão em Laranjeiras, outro boteco estrelado, situado em um cantinho muito especial, no morro, com cara de cidade do interior, pracinha no meio e vista para o Redentor… isso só prá começo de conversa.

Temos planos de um dia fazer a caravana do jiló completa, mas essa ocasião requer uma equipe de peso com direito a juntar tod@s @s amig@s cariocas no evento. Mas enquanto a caravana não rola, vamos nos divertindo no boteco mais próximo!

Ah, e inglês também vê: o guia é bilíngue! Coisa phyna!