Cozinha da Matilde

Mariníssima falando para o mundo!!!

A Cozinha da Matilde está estourando de corujisse! E não é prá menos, entrevista com a querida Marina Novaes, a melhor Dj do mundo em nossa “isenta opinião” no Blog da Sagatiba!

Esse Jeito Brasileiro de ser

Por Paula Guedes para Blog da Sagatiba

De bem com a vida. Hoje é dia de festa no Diquinta com Marina Novaes nas pick ups.

Ou a Mariníssima!, que tem esse jeito brasileiro de sair fazendo e se atirando naquilo que acredita e gosta e que acabou tendo uma vida dupla: advogada de direitos humanos e DJ – duas coisas nada a ver que ali tornaram-se uma só. Coisa que só acontece para quem leva a vida em aberto. Quer ver?

Marina, como aconteceu de você ser advogada e DJ?
Desde a faculdade quis seguir os caminhos alternativos do direito. Como militante do movimento de direitos humanos, especificamente das mulheres, encontrei o caminho como advogada.

Então, durante a semana, trabalho numa ONG de apoio aos migrantes, (Centro de Apoio aos Migrantes). Coordeno o atendimento jurídico. O foco do trabalho é o enfrentamento ao trabalho escravo, tráfico de mulheres e principalmente mostrando aos migrantes latino americanos que todos têm direitos e garantias para uma vida digna, pois os imigrantes pensam que por não terem documentos não têm direitos. E como feminista, acabo puxando uma sardinha para as mulheres latino americanas.

Às sextas feiras, eu toco lá no Diquinta. Já tocava em festinhas principalmente num restaurante de uma amiga, o Cozinha da Matilde. Aí pintou o convite de tocar no Diquinta uma vez no mês de março, porque eles queriam uma mulher pro “mês das mulheres”. Acabou que deu super certo, e eles me chamaram pra tocar três vezes por mês.

Isso de alguma forma deve aparecer nos seus sets…

Nos sets que faço tento buscar esta mistura do alternativo e também da integração!

A grande maioria das músicas são brasileiras, de samba rock (Jorge Ben, Trio Mocotó, Erasmo Carlos, Farufyno, etc..). Mas rola também bastante funk, groove e black. Tudo bem dançante.

Que sons não podem faltar em suas festas?

Da velha guarda, tenho arriscado tocar as músicas do disco “Gil e Jorge Ogum – Xango”, um disco jam session incrível. “Quem mandou (pé na estrada)” é uma louca declaração de amor que da para dançar bem juntinho.

Marku Ribas e Elza Soares gravaram para o filme Chega de Saudades um CD bem bom, com releituras até do Calcinha Preta (”Você não vale nada”). Martinho da Vila é uma pérola nacional, assim como Beth Carvalho e Leci Brandão, entre outros, a lista é imensa.
Seu Jorge, mais contemporâneo, nunca falta – “E depois”, faixa que ele participa do disco do BiD é uma balada deliciosa. Roberta Sá faço questão de tocar, adoro o seu samba suingado. Orquestra Imperial é um timaço. Fabiana Cozza é poderosa. O disco novo da Céu da vontade de tocar inteiro no comecinho da noite.

Em sua opinião, qual o puro espírito do Brasil?

A alegria. Sem ser piegas. A nossa cultura, nossos ritmos e nossos sons são a prova que nosso espírito é de alegria.

Pois, a Marina trabalha para todo mundo ficar de bem com a vida!